As chamadas Vanguardas Europeias eram manifestações culturais da mesma época da famosa Belle Époque. Essa época foi marcada por muitas inovações no continente europeu. Movimentos como a Art Nouveau (arte nova) e o Impressionismo faziam parte dela. A Belle Époque foi o auge da cultura, o cinema, os cabarés, o cancan (dança de origem francesa), dentre outros.
O mundo se desenvolvia tanto no ramo da tecnologia quanto da arte e da literatura. A arte nova se baseava na ênfase das cores vivas e curvas. Essas, centradas nas cores e design da natureza, como também nas mulheres. Ela pode ser encontrada em grande parte das mobílias, vasos, joias, vitrais, azulejos, etc.
Existiram várias formas de manifestações culturais, divididas em duas vertentes: as positivas e negativas. As vanguardas eram vários movimentos que foram desencadeados em contraponto com as tendências culturais, mais enfaticamente no campo das artes.
As vanguardas positivas eram movimentos que visavam uma nova sociedade. Esse novo público tinha ideias modernistas e positivistas. As vanguardas positivas eram: o Cubismo, o Construtivismo, o Neoplasticismo, o Suprematismo, o Abstracionismo e o Concretismo.
As negativas se caracterizavam por separar a sociedade da arte. As vanguardas negativas tinham a arte como uma forma independente e autossuficiente, em que não havia preocupação com o sentido objetivo. Entre esses movimentos, encontram-se o Surrealismo, o Dadaísmo e o Futurismo.
O Fauvismo se desenvolveu no início do século XX, com as ideias contrárias aos padrões impressionistas. O fovismo utilizava bastante as cores e mexia com as emoções, além de trabalhar o contraste e vários tons de cores. Utilizavam as cores puras, sem misturas e bem marcantes. Entre os artistas do fovismo estão: Paul Gauguin, Paul Cèzanne e Henri Matisse.
Outra escola de arte desenvolvida, no século XX, foi o Expressionismo. Esse, criado na Alemanha, visava uma interiorização da arte, como sendo mais pessoal e intuitiva. Ele vai totalmente de encontro ao Realismo. O Expressionismo prezava pelo subjetivismo e a deformação do real, enfatizando a natureza do ser humano. Foi bastante presente no cinema do século XX.
Entre os expressionistas, estão Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido como seu pseudônimo El Greco, Francisco José de Goya y Lucientes (Francisco Goya), Pieter Bruegel, o velho; e Mathis Gothart Niethart, mais conhecido como Matthias Grünewald. O Arte Futurista é um movimento do início do século XX, em 1909. Essa expressão artística iniciou-se a partir do manifesto publicado por Filippo Tommaso Marinetti, no jornal Le Figaro.
O Futurismo procura expressar o movimento de um carro, por exemplo. Não o carro em si, mas a velocidade. Entre os artistas futuristas estão: Giacomo Balla, Umberto Boccioni e Carlo Carra.
A manifestação artística, conhecida como Cubismo, é conhecida por demonstrar a natureza através de formas geométricas. O objeto era desenhado em diversas perspectivas. O Cubismo não tinha nenhum compromisso com as formas vistas na realidade. Os artistas em destaque do Cubismo são: Pablo Picasso, Tarsila do Amaral, George Braque, entre outros na pintura. Na literatura, o brasileiro Oswald de Andrade, Érico Veríssimo, Guillaume Apollinaire, etc.
Dadá ou Dadaísmo foi um movimento iniciado em Zurique, na Suíça. É caracterizado por não ter sentido nenhum. A manifestação foi criada em protesto contra os padrões formados. O Dadaísmo consistia em pinturas sem nexo algum ou ideia racionalista. O intuito era uma libertação artística. Entre os artistas envolvidos nesse movimento, estão: Max Ernst, André Breton, Marcel Duchamp, Guillaume Apollinaire, entre outros.
Um outro movimento vanguardista, o Surrealismo, surgiu em Paris, na década de 20. Caracteriza-se por formas impossíveis na tentativa de representar o mundo dos sonhos, uma mistura do real com o mundo imaginário. O Surrealismo se liberta totalmente de ideias racionais; porém, não tão extremo como o Dadaísmo. Alguns dos participantes do movimento surrealista são, entre os pintores, Salvador Dalí, René Magritte, Max Ernst, etc.